sexta-feira, 24 de agosto de 2012

E gosto de palavrões

Não gosto quando as pessoas se levam demasiado a sério. "Ai, credo, gostas de dançar Bonga?", "Vais ver o Tony Carreira? P'lo amor de Deus!", "Tu bebes shots?...", "Como és capaz de comer batatas fritas de pacote?", and so on, and so on. Fruto da minha personalidade irritantemente calma e apaziguadora, esboço um sorriso, sai-me um "Pois é, sou mesmo criançola, eheheheh." e está feito. Mas, depois, fico a remoer. Querem ver que quem me diz estas barbaridades só ouve Chopin e Mozart, bebe vinho tinto de 600 euros e come porco preto, caviar e trufas? Pois se nunca dançaram ao som de Bonga digo-vos: não sabem mesmo o que perdem. Nunca foram ver um concerto do Tony com um grupo de mulheres completamente fãs do senhor? Imperdível. Não bebem shots porque queimam as células do cérebro? Ora, ainda bem. É da maneira que a Troika e o Passos Coelho podem ir ao meu bolso ainda mais à vontade que eu vou deixar de certeza.
Este fenómeno acontece, muitas vezes, quando as pessoas juntam os trapinhos. Fazem questão de mostrar a todos como estão adultos responsáveis. Frases do género "Nem sabes da minha vida" passam a ser frequentes.
É óbvio que eu não bebo shots e como batatas fritas de pacote todos os dias, ouço mais coisas que não sejam Bonga e Tony Carreira, mas porque hei-de negar à partida algo que não conheço? Por preconceito? Porque parece mal? Quilhem-se. 
Definitivamente, não gosto quando as pessoas se levam demasiado a sério.

E agora apetece-me colocar este vídeo:


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