"Não sou nada. Nunca serei nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo". Fernando Pessoa
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Abraçar ou não abraçar, eis a questão
Como dizer isto? Adoro abraços. Detesto abraços. Não é bem um detestar, vá, é um desconforto físico grande, pronto. Em casa, sou a pessoa mais abraceira, e com isto acho que acabei de inventar uma palavra, mas com outras pessoas que não sejam o meu marido e a minha filha, o meu espaço não pode ser invadido até 50 centímetros. Tudo o que ultrapasse esse limite traduz-se em bochechas vermelhas e risos nervosos. Nem pais, nem sogros, nem amigos, colegas ou conhecidos. Ninguém me pode abraçar. Eu até posso gostar das pessoas, mas a minha dúvida é: onde é que se põe a cabeça durante um abraço? Ainda ontem uma amiga me abraçou. Ela é bastante mais alta que eu e lembrou-se de me dar um daqueles abraços de ladeiro, em que colocamos um braço por cima do ombro da pessoa abraçada e o outro na cabeça dessa dita pessoa. E eu fico ali, respira não respira, retribui não retribui. Rapidamente me tentei soltar, mas havia carinho naquele abraço - e todos sabemos que esses são os mais longos. No fundo, gosto da ideia de abraçar, é simpática e mais vale isso que uma pancada na cabeça, mas na realidade essa ideia parece-me muito melhor quando a penso e não quando ela é concretizada. Precisarei de terapia?
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2 comentários:
Sem dúvida
Ahhhh nunca tinha pensado nisso =P realmente nem sei onde ponho a cabeça quando abraço, mas como só o faço ao meu namorado acho que encosto ao peitinho dele :)
Beijinho*
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