quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Quando escrevi que tirar sisos era para meninos, que eu é que era forte e a mim nada me pegava, fui uma idiota. Os pontos ou a gengiva ou o raio que o parta infeccionou, não como, não durmo, não bebo, não tomo café, não falo, não dou beijos e nem outras coisas boas senhores. Mas, mesmo assim, mantenho a minha versão: sou forte pa xuxú. A minha tolerância à dor é grande. Acho que é consequência de 22 anos de enxaquecas fortíssimas, com vómitos e outras coisas interessantes, em que muitas vezes quase desmaiei de dor. Depois de conhecer este tipo de dor, cortar dedos, infecções nos dentes, rachar a cabeça, tendinites e estiramentos de ligamentos são coisas que não me atrapalham muito. Aliás, sempre que algo me acontece, a minha única preocupação é que não tenha como resultado uma enxaqueca. Mas, pronto, já dava jeito comer qualquer coisinha, sabes Jesus? Eu até gosto de bananas com iogurte, mas comer só isto o dia inteiro assim que enerva uma pessoa.

 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A discussão não é entre chamar preto ou negro. O homem chamou-lhe "escurinho". E convenhamos, é mau.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Eu só queria isto...




E afinal o que ganhei foi isto...

Eu só queria fazer um branqueamento... Desculpa lá, ó karma, por ser vaidosa. 150 euros depois, menos dois sisos e pontos para escambal dentro da boca, continuo sem os dentes branquinhos como os dos actores brasileiros. Destartarização, raio x... Ó senhora dentista, hellooooo, eu só quero pôr os dentes brancos, não quero saber se tenho um siso inflamado. Podia ter dito isto, deveria ter dito isto. Mas não, dona Bolachas, ai já que aqui vim faço essas correcções. Agora aguenta. Ai Jesus, pontos dentro da boca. Não dormi nada com dores, daquelas que enervam e apetece andar à pancada. Bolachas, agora só pode comer coisas moles e frias. Moles e frias? Moles e frias?
Mas eu só queria fazer um branqueamento...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Pingo. Tosse. Dor de gengiva, algo inédito. Frio. Chuva. Compras feitas. Polvo. Um puto d'um polvo vinte euros. Já não é possível comer polvo nesta terra. Lulas. Frango. Tenho sempre planos para fazer bolos e quiches e empadas e empadinhas e depois alapo-me no sofá por volta das 14h30 de sábado e só saio de lá às 23h30 de domingo. Xi, esqueci-me da Coca-Cola. Porra.
  

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Não preciso de me zangar com alguém para sentir a sua falta. Sempre achei uma idiotice aquele lugar comum "só vemos o quanto gostamos de uma pessoa quando a perdemos". Eu sei de quem gosto, o quanto gosto e, se só dou conta da importância de alguém na minha vida quando cortei qualquer laço com essa pessoa, então é porque sou parva. Tampouco acredito naquele velho mito "posso não falar com aquela pessoa há dez anos, mas sei que é minha amiga". Na amizade, como no amor, é preciso estar, falar, tocar, olhar. Quando se gosta, sente-se falta. Se não tenho cinco minutos para te telefonar, se não tenho meia hora para tomar café, uma hora para almoçar ou a noite inteira para conversar contigo é porque não quero. Se eu gostar de ti, vou estar contigo. Quero saber como estás, quero rir-me contigo, chorar contigo. E tu, se gostares de mim, vais querer estar comigo. Na amizade, como no amor, levo tudo muito a sério. Talvez seja por isso que tenha tido, ao longo da vida, poucos amigos e namorados.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ontem tirei um siso. Diziam-me que seria horrível, que me ia doer, que alguém emagreceu dez quilos depois de arrancar o dente e piu piu piu, lai lai lai. Não me doeu absolutamente nada. A "operação" deve ter demorado uns três minutos e quinze depois estava a comer uma nata. Acho que, de todos os meus inúmeros atributos, aquele que me causa mais orgulho é a minha não pieguice. Considero-me uma mulher forte. Já rachei a cabeça, já cortei um dedo, já fui operada a esse mesmo dedo, já fiz uma cesariana, já caí dezenas de vezes, já dei injecções a mim própria. Em todas estas situações - e mais algumas - não verti uma lágrima, não me queixei. Sou a pessoa mais preguiçosa e mimalha do mundo, mas quando preciso ficar quieta por motivos de saúde, tenho vontade de fazer tudo, mostrar que não preciso da ajuda de ninguém. Esta característica tem crescido ao longo dos últimos anos. Digamos que, em termos de não pieguice, eu estou no Pólo Norte e a minha filha está no Pólo Sul. E parece que, quanto mais eu tento mostrar-lhe que, quando há alguma coisa a fazer - seja tomar um comprimido, seja levar uma vacina, seja fazer análises - o melhor é fazer logo de uma vez para acabar rapidamente com o suposto sofrimento, mais ela fica piegas. Com oito anos pesava 25 quilos, acho que isto diz muito acerca da sua massa corporal, e eu e dois enfermeiros não a conseguíamos segurar para colocar-lhe soro. Teve que vir também o médico, que a segurou nas pernas, para que um dos enfermeiros conseguisse enfiar-lhe a agulha. Qual a minha atitude quando estas situações acontecem e ela grita a plenos pulmões no meio das urgências que se eu deixar que lhe enfiem a agulha eu deixo de ser mãe dela e que nunca mais fala para mim? Muito simples. Mando-a calar, digo-lhe que tem de ser para o bem dela e seguro-a forte nos braços. No meio da crise mantenho a calma. Alguém tem de o fazer. O meu marido derrete-se todo e, por ele, sairíamos do hospital sem enfiar a porcaria da agulha, afinal se calhar nem é preciso, coitadinha, já está melhor, vês. Ser a má da fita é, nestes casos, ser a boa da fita. Pois se não faço "aquela" cara, que eles tão bem conhecem e respeitam, ela continuaria a jorrar sangue novamente até casa, como daquela vez que se cortou e precisou levar pontos. No meio da crise, a calma. No dia seguinte, a enxaqueca.    

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Si prepari porqui hoji eu vô lhi usá.

Resposta: ma homi, lá im casa quem manda sô eu. Ôxi!


Vantagens de estudar com a filha de doze anos: começar a acertar em mais perguntas na aplicação "Quem quer ser rico?".

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O meu colega da frente tem as unhas muito sujas. Consigo vê-las perfeitamente enquanto trabalho. Estão pretas. Não há coisa mais nojenta que um homem com unhas sujas. E o computador dele tem pêlos. Tive de ir escrever um texto para lá e no i e no m estavam dois pintelhos. Ora, ele ali ao lado, não tive coragem para soprar o teclado. Vai daí e escrevo com aquilo lá. Como se não estivesse nada e eu fosse completamente cega, porque eram dois pêlos enormes. E é isto.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Claudinha Vieira...

... Já não quero ser como tu. Quero ser como estas meninas.

Pergunta para queijinho

Se acabarem com a ADSE vão devolver o dinheiro que os funcionários públicos descontaram durante décadas e que nunca dele usufruíram?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Color run

Quem é que paga 15 euros para entrar numa corrida onde lhe vão atirar pós coloridos e sair de lá toda cagada? Pelos vistos, muita gente. E eu também. Se alguém me atira esta porcaria para os olhos...

Não tenho absolutamente nada de interessante para dizer. Estou mal disposta. Da cabeça, não do corpo. Nem é mal disposta. É assim uaréber, como diz a Fanny. A precisar de um mimo, talvez. Eu sou muito mimada. Muito mesmo. Tenho de deixar de ser. Ou não. Uaréber.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Sim, diz

O impossível de antes sempre foi possível, apenas não tinha acontecido que alguém tivesse sido capaz de chegar até ele. Faltava a quantidade de pessoas que acreditaram, que perseguiram o filão até o demonstrarem e construírem. O mesmo acontece com o impossível de agora. O impossível de agora não deve ser muito diferente do impossível de antes. Por sua vez, o impossível mesmo impossível existia num e continua a existir no outro, mas como não pode ser distinguido do impossível que será possível no futuro, a hipótese mais criadora, aquela que propõe mais esperança é a que considera que tudo o que formos capazes de imaginar poderá ser materializado. Ou seja, todo o impossível poderá vir a ser possível. Assim, não há nenhum motivo para fazer cara de peido e dizer: não, acho que não vai correr bem. Em primeiro lugar, porque a imaginação expande o mundo, ou expande aquilo que somos capazes de ver nele, o que é a mesma coisa. Em segundo lugar porque é muito provável que o "correr mal" deles seja o nosso "correr bem".

José Luís Peixoto

Eu percebi bem?


O José Luís Peixoto diz "cara de peido"?
Fui mãe aos vinte anos. Engravidei no segundo ano da faculdade. Eu estudava numa cidade diferente, tinha amigos novos e os meus pais, finalmente, tinham começado a deixar-me sair à noite. A vida corria-me bem. Não, não fui nenhuma menina rebelde que, assim que alcançou um pouco de liberdade, desatou a esfregar-se em tudo o que era rapaz e a apanhar grandes bebedeiras. Nada disso. Tive dois namorados, um dos quais o meu marido, e as tão famosas "curtes" do meu tempo não eram para mim. Sempre fui muito ajuízada, excepto uma vez. Engravidei e, a partir desse momento, acabaram as saídas à noite, os jantares, o cinema, os concertos, os amigos. Sem nada em comum com os rapazes e raparigas de vinte anos, que não sabiam quais as melhores fraldas, o melhor leite em pó, que não se levantavam dez vezes de noite e, principalmente, eram livres para serem irresponsáveis, tal como a idade assim o permite, vivi alguns anos isolada emocionalmente, com um amor gigantesco pela minha filha e nem por um segundo arrependida de a ter tido. Posso dizer, e digo-o com muito orgulho, que assumi em pleno as minhas responsabilidades de mãe. Não a deixava com os meus pais por nada, custava-me horrores afastar-me para ir fazer os exames à faculdade e, aos vinte anos, era uma mulher de trinta.
E agora, nos trintas, sinto-me uma menina de vinte. A minha filha está linda, é feliz, está a entrar na adolescência e na fase da parvalheira. Gostamos das mesmas roupas, das mesmas lojas, das mesmas músicas, dos mesmos programas de televisão. Não somos amigas, que nunca acreditei nessa história. Somos mãe e filha, mas com mais coisas em comum do que, penso eu, a maior parte das mães e das filhas. Sou casada, mas o nosso relacionamento de dez anos é o de dois namorados, sempre aos beijinhos, abraços, telefonemas e mensagens. Os três fazemos uma família bonita e somos todos apaixonados uns pelos outros.
Talvez por ter invertido as fases na vida de uma mulher, o meu relógio biológico tenha empancado. Sei o que é ser mãe de um recém-nascido. Não é pêra doce. Ele (o relógio) tem um ano para dar o ar da sua graça. Vamos ver se resolve aparecer.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Adiei para exactamente daqui a um ano a decisão de voltar a ser mãe. E esta foi, sem dúvidas, a decisão mais acertada.

Sou um iogurte

Hoje sinto-me um iogurte, com prazo de validade.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Ter ou não ter. A questão.

Até amanhã tenho de decidir se quero ter mais um filho ou não. Assim. Sem rodeios. Sem tempo.

Ter mais um filho significa deixar de:
1. Dormir a noite inteira
2. Proporcionar à minha filha o nível de vida que agora sou capaz
3. Ter o nível de vida que agora tenho para pagar roupas, infantário, pediatras, etc.
4. Namorar quando me apetece e estar sempre com vontade de o fazer porque durmo a noite inteira
5. Receber amigos em casa até às 4h00 e acordar ao meio-dia porque a minha filha também já acompanha as jantaradas
6. Fazer ginástica 2 horas por dia, cinco vezes por semana (e não é pela ginástica. Isto é o meu cigarro, o meu café, a minha necessidade diária)
7. Estar quase tão boa como a Cláudia Vieira e deitar tudo a perder e ficar com as mamas ainda mais caídas e com a barriga mole por esticá-la pela segunda vez
8. Fazer uma refeição sentada do início ao fim
9. Ver um filme do início ao fim
10. Ter a minha filha como centro de todas as atenções e dividir o meu tempo com um bebé
11. Ter esta vida que me completa e faz tão feliz para ter outra que desconheço

Mas ter mais um filho também significa:
1. Sentir outro amor sem comparação, desmesurado
2. Dar um irmão à minha filha

Há quem diga que a felicidade não existe, é feita de momentos. Eu tenho a sorte de poder contrariar. Durante muitos e muitos anos não fui feliz. Fui uma criança velha, emocionalmente tive de crescer depressa, fui mãe ainda adolescente e a fase que dizem ser a melhor da vida de uma pessoa passei-a a trocar fraldas. Comecei a ser feliz há alguns anos, quando casei e descobri que o meu marido era excepcional, que tinha, finalmente, a família que sempre desejei, que com o meu marido poderia proporcionar à minha filha a infância que eu não tive. Sou feliz todos os dias. Na minha vida, a infelicidade é que é feita de momentos. Rapidamente passam para dar lugar a um coração sossegado, mas em rebuliço com o amor que sinto pelo meu marido e pela minha filha. Será que eu quero mudar a minha vida?
O Balas e Bolinhos 3 não tem graça nenhuma.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A acordar devagarinho com esta música. Bom dia 2013.

 
 
I've been trying to do it right
I've been living a lonely life
I've been sleeping here instead
I've been sleeping in my bed
I've been sleeping in my bed
 
So show me family
All the blood that I will bleed
I don't know where I belong
I don't know where I went wrong
But I can write a song
 
I belong with you, you belong with me
You're my sweetheart
 
I belong with you, you belong with me
You're my sweetheart
 
I don't think you're right for him
Think of what it might have been if we
Took a bus to chinatown
I'd be standin on canal and bowery
And she'd be standing next to me
 
I belong with you, you belong with me
You're my sweetheart
 
I belong with you, you belong with me
You're my sweetheart
 
Love we need it now
Let's hope for some
Cause oh, we're bleeding out
 
I belong with you, you belong with me
You're my sweetheart
 
I belong with you, you belong with me
You're my sweetheart

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os dias foram de descanso, de abraços, de muitos beijos, de gargalhadas, de amor. Cinema, cachorrinhos no Gazela, tapas em Vigo, tardes a dormir e namorar, almoços e jantares preparados com carinho. Mentalizo-me, neste momento, que amanhã será dia de trabalho, de voltar às rotinas, de acordar cedo e afastar-me dos meus dois grandes amores. Já sinto saudades.