segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Ter ou não ter. A questão.

Até amanhã tenho de decidir se quero ter mais um filho ou não. Assim. Sem rodeios. Sem tempo.

Ter mais um filho significa deixar de:
1. Dormir a noite inteira
2. Proporcionar à minha filha o nível de vida que agora sou capaz
3. Ter o nível de vida que agora tenho para pagar roupas, infantário, pediatras, etc.
4. Namorar quando me apetece e estar sempre com vontade de o fazer porque durmo a noite inteira
5. Receber amigos em casa até às 4h00 e acordar ao meio-dia porque a minha filha também já acompanha as jantaradas
6. Fazer ginástica 2 horas por dia, cinco vezes por semana (e não é pela ginástica. Isto é o meu cigarro, o meu café, a minha necessidade diária)
7. Estar quase tão boa como a Cláudia Vieira e deitar tudo a perder e ficar com as mamas ainda mais caídas e com a barriga mole por esticá-la pela segunda vez
8. Fazer uma refeição sentada do início ao fim
9. Ver um filme do início ao fim
10. Ter a minha filha como centro de todas as atenções e dividir o meu tempo com um bebé
11. Ter esta vida que me completa e faz tão feliz para ter outra que desconheço

Mas ter mais um filho também significa:
1. Sentir outro amor sem comparação, desmesurado
2. Dar um irmão à minha filha

Há quem diga que a felicidade não existe, é feita de momentos. Eu tenho a sorte de poder contrariar. Durante muitos e muitos anos não fui feliz. Fui uma criança velha, emocionalmente tive de crescer depressa, fui mãe ainda adolescente e a fase que dizem ser a melhor da vida de uma pessoa passei-a a trocar fraldas. Comecei a ser feliz há alguns anos, quando casei e descobri que o meu marido era excepcional, que tinha, finalmente, a família que sempre desejei, que com o meu marido poderia proporcionar à minha filha a infância que eu não tive. Sou feliz todos os dias. Na minha vida, a infelicidade é que é feita de momentos. Rapidamente passam para dar lugar a um coração sossegado, mas em rebuliço com o amor que sinto pelo meu marido e pela minha filha. Será que eu quero mudar a minha vida?

3 comentários:

Simplesmente Eu disse...

Há 3 anos fui assaltada pela mesma dúvida. Decidi ir frente...mas até à data NADA. Da primeira vez só foram necessários 2 meses...e hoje pergunto: será as forças Divinas a darem-me uma dica? Não sei. Sei que estou prestes a desistir. Mas queria tanto e exactamente pelas 2 mesmas razões que referiu.
Portanto, força! Olhe que mais tarde pode já não ir a tempo!

Conheço o blog à meia dúzia de dias, mas gosto de si! BJ

Anónimo disse...

Tens mesmo de decidir agora?? Sozinha?
Não sou boa conselheira no assunto, nunca tive filhos, primeiro porque não aconteceu, e depois porque decidi que queria manter a vida que tinha... mas eu sou eu e desconheço o que é amar um filho e tenho um companheiro que já tinha filhos e não fazia questão de ter mais.

manteiga no sofa disse...

Quando engravidei da segunda vez, senti que estava a "trair" a minha filha e que nunca amaria mais ninguém como amo a ela. estava enganada. o amor não foi dividido...foi multiplicado!
Hoje sinto-me a explodir de felicidade por ter estes meus filhos lindos e saudáveis e por poder passar dias no chão em plena palhaçada com eles. (ela de 3 anos, ele de 4 meses). Mas tbm passei por esses medos. Tudo só para diZer que na altura certa, será maravilhoso!