terça-feira, 21 de agosto de 2012

A mini Oreo que qualquer dia não é

Quando nasceste, eu não sabia cuidar de ti. Nunca tinha pegado num bebé ao colo, trocado uma fralda, dado um biberão. Aprendi de um dia para o outro que as mãos e os pés dos bebés parecem sempre grandes em relação ao corpo e que se estão frios pode ser sinal de febre, que os devemos acordar quando adormecem a mamar, que têm a cabeça mole, que têm um cheiro bom que ao longo do tempo vai passando e, principalmente, que apesar de serem minúsculos têm a capacidade de mudar a nossa vida de uma forma que mais nada consegue.
Li que ser mãe é ter o coração fora do corpo. Confirmo. Mas, o que eu ainda não sabia e estou a aprender, é que à medida que os anos avançam essa sensação intensifica-se. Olho para a primeira imagem e vejo uma criança feliz, de trato fácil. Vejo um tempo em que as únicas preocupações eram tornar-te bem-educada, ensinar-te o bem e o mal e a fazer as devidas distinções. Na segunda imagem, tirada há tão pouco tempo, vejo uma pré-adolescente feliz, ainda de trato fácil. Mas, a par do teu desenvolvimento físico cresceram as preocupações, que também aumentaram de volume e de peso. O meu coração vive hoje, mais do que nunca, fora do corpo, esperando que as lições sobre o bem e o mal estejam estudadas.
Eu sei que sabes, que sentes. Gosto muito de ti.  

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